Chiclete já é da casa. São 19 anos de vida e seis de Guarani, que começaram lá no Projeto Bugrinho. “Fiquei dos sete aos dez e fui para o futsal em outro lugar, onde eu fiquei até os 15. Depois consegui voltar para o Bugre e já entrei no elenco do Sub-20”, foi assim que a conversa, bem descontraída, começou.
Além de esbanjar um sorriso de ponta a ponta, Chiclete é conhecido não só pelo bom futebol, mas também pelo apelido, que vem de longa data… “Desde pequeno quando eu jogava salão. Eu era muito grudado, colava no adversário”, afirmou.
A boa marcação não lhe rendeu só o nome. Até 2014, ele atuava como meio campista, mas, na ausência de volantes no time do técnico Carlinhos, diante do Linense, Matheus não pensou duas vezes e se garantiu na posição: “Pode me colocar de volante que eu vou jogar”. Dito e feito, desde então, o setor teve um titular.
“Fora de campo sou brincalhão”, ressaltou. Mas, como ele mesmo disse, no gramado “são outros quinhentos”. Chiclete conversa demais, inclusive para dar aquela catimbada no juiz. Em meio às risadas, ele não nega, apenas relembra. Na memória, mais um dérbinho veio à tona. Dessa vez, após uma sequência de derrotas, quando o Guarani venceu a aapp por 2 a 1 no Campeonato Paulista 2015.
Com um único objetivo, Matheus deixa nítida a amizade com Passarelli, que quase lhe rendeu algumas lágrimas e, entre uma palhinha e outra, ao som do grupo Revelação “Às vezes a felicidade demora a chegar, aí é que a gente não pode deixar de sonhar”, ele diz que o sonho permanece no Guarani, só que lá em cima, no elenco profissional.