Nasceu de doze pra virar uma nação! Campinas, 02 de abril de 1911, doze jovens com um desejo em comum, jogar futebol, ou melhor foot-ball, afinal, o esporte recém chegado da Inglaterra, ainda não tinha seu nome aportuguesado.
E foi assim que naquela manhã, dois italianos, Vicente Matallo (18 anos) e Antonio de Lucca (16), e outros nove brasileiros, oito imigrantes italianos, Pompeo de Vito (15 anos), Romeo Antonio de Vito (16), Angelo Panattoni (16), José Trani (16), Luiz Bertoni (19), José Giardini (18), Miguel Grecco (17), Julio Palmieri (16) e Hernani Felippo Matallo (16), e um deles, Alfredo Seiffert Jaboby Junior (18), filho de imigrantes alemães se juntaram.
Era um jardim, hoje uma praça, a Praça Carlos Gomes, no centro de Campinas. O nome da criação? Guarani Football Club, sim, hoje totalmente aportuguesado, Guarani Futebol Clube, pra nós e pro mundo, o Bugre, o Bugrão.
Pujante e pioneiro desde seus primeiros passos, logo se tornaria o clube referência da prática do futebol em Campinas. Ganharia o Estado de São Paulo, jogando o Campeonato Paulista pela primeira vez em 1927, permanecendo lá até resolver voltar a ser amador, em 1932. Em 1944 o primeiro grande título, Campeão Amador do Interior e Campeão Amador do Estado de São Paulo.
Pouco depois, em 1950, num campeonato que ainda pertencia ao ano anterior (1949), chegava o bravo Bugre à Primeira Divisão Paulista como Campeão da Divisão de Acesso, e lá permaneceu por longos anos, ininterruptamente entre 1950 e 2006. Até hoje, o clube do interior paulista com mais tempo ininterrupto na Primeira Divisão.
Conquistas? Criado oficialmente em 1971, o Campeonato Brasileiro de Futebol receberia o primeiro clube do interior de São Paulo, o Guarani FC, em 1973. Pouco depois, ele seria Campeão Brasileiro, em 1978, comandado por Carlos Alberto Silva, presidido por Ricardo Chuffi e acompanhado por toda sua imensa Torcida.
Mais alguns anos e, em 1981, comandado por Zé Duarte, o Guarani conquistaria a Taça de Prata, hoje comparada à Série B do Brasileiro, mas na época, uma competição muito maior. Era o segundo título nacional do Guarani.
Libertadores da América são três, uma delas como semifinalista (1979), isso em uma época que apenas campeões e vice campeões nacionais disputavam a competição. Decisões de Campeonatos Brasileiros, são outras duas, 1986 e 1987, contra São Paulo e Sport Recife.
Campeonatos Paulistas? Decidimos dois, 1988, contra o Corinthians, e 2012, contra o Santos. Restam ainda a decisão do Brasileiro da Série B de 1991 e o vice campeonato da Série B de 2009.
Recentemente, em 2018, ganhou o Campeonato Paulista da Série A2, voltando à elite estadual com a pompa de Campeão.
Esse é o nosso Bugre, essa é uma curta, bem curta mesmo, história deste que hoje completa 110 anos. Sim, já são onze décadas de história, 110 anos daquela data em que doze criaram uma nação, e hoje, a nação, junta, celebra o Bugre e seus doze fundadores.
Em um momento difícil, com o mundo recolhido, enfrentando um mal que aflige toda a humanidade, é um orgulho imenso poder celebrar, ainda que nesse “novo (e passageiro) normal” que nos deixa fisicamente distantes, mas emocional e umbilicalmente ligados, mais um aniversário do Guarani Futebol Clube.
Nasceu de doze, tornou-se um gigante, e hoje seu centenário completa 10 anos. Parabéns, Guarani! Parabéns Nação Bugrina, e juntos vamos preparar o nosso Bugre para o desafio de todos os anos que ainda virão. Nos primeiros 110 essa é uma breve história, o restante a gente escreverá, como sempre fez, juntos!
Com muito orgulho, grite bem alto: PARABÉNS, GUARANI FUTEBOL CLUBE, de onde você estiver, o Bugre, certamente, te ouvirá! O Guarani Futebol Clube precisa de todos vocês, apenas juntos, como uma verdadeira nação, venceremos todos os desafios que temos pela frente.
Se existe uma palavra para definir tudo isso, não poderia ser outra: É amor! Paixão em verde e branco, celebração de todos os Bugrinos. Obrigado por existir, Guarani Futebol Clube.
