Discreto, Gabriel Poveda de apenas 17 anos não teve muita dificuldade para contar sua história, e nos inúmeros obstáculos relatados a chance chamada por ele como: “a última tentativa”.
O sonho começou muito cedo, como a maioria dos garotos que decidem sair de casa para ir em busca de se tornar um jogador profissional. Após decepções, Poveda estava prestes a desistir quando surgiu a oportunidade para um teste no Guarani, pelo Sub-17 em 2015: “As coisas na minha vida aconteceram muito rápido, há um ano atrás eu estava sem clube, e já tinha conversado com a minha mãe que seria o último ano que tentaria, se não desse certo iria estudar e arrumar um emprego. ”
Já no sub-17 Poveda não demorou a se destacar, e com poucos meses viu sua melhor oportunidade após a convocação do técnico do Sub-20 Renato Morungaba que relacionou o novato para disputar a Copa São Paulo de Futebol Júnior. No campeonato, a partida mais marcante aconteceu na terceira rodada diante do Mogi Mirim, na sobra de Gabriel Rodrigues, com categoria e de primeira Poveda não desperdiçou e deu o gol da vitória para o Bugre. “A comemoração daquele gol não me sai da cabeça, a torcida do Guarani é sensacional e só de lembrar me arrepia”, contou com brilho nos olhos.
“Se não fosse futebol, seria Engenharia Civil”, conta Gabriel que sempre gostou de matemática e fica responsável pelas estatísticas dos jogos e campeonatos. Vestindo a camisa do Guarani, outra novidade, a atuação como centroavante: “Eu era baixinho e jogava como meia, depois “espichei”, subi para a área, e acabei me encontrando na posição. ”
No final de tudo, um tempo dedicado somente a Dona Márcia, mãe e maior incentivadora. “Em todas as vezes que pensei largar tudo, ela sempre me apoiou e dizia que eu tinha que lutar pelos meus sonhos”, sempre guardei isso e hoje com essa oportunidade tão grande no Guarani, cresço a cada dia mais como atleta e como pessoa. ”